quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ao magnetismo

Se é você quem traz paz Aos meus tediosos dias Com a felicidade que me faz, Por tornar agradável a vida. De certo quero cada vez Estar contigo bem mais perto. Como irmão de sempre, Entendidos facilmente. Quero rir o seu riso, E compartilhar o choro, Como sendo um sentindo. Acordar pros dias desejoso. Como se renovasse o ânimo, A cada instante mais próximo. LJOB

domingo, 4 de dezembro de 2011

E eu que, olhando pela janela

E eu que, olhando pela janela, me vi fantasma.
Me ausentei das minhas lágrimas e sentimentos.
Senti o que não sentia, sem perder a sensação
De estar morrendo, esvaziando, me libertando.

Então tentei correr dentro de mim, e parei.
Frente ao meu destino, e à porta de algum lugar.
Percebendo não haver futuro, sem sofrimento.

E até o riso dói na alma, sem sentir.
O vento que era doce leva meus pedaços,
Em um infinito ciclo de (re)criação e cacos.
De lembranças não mais guardadas.

E o fim é pouco tempo para se chorar,
Visto que a vida se aproveita dela mesma,
E dura. Não mais que um piscar de anos-luz.

LJOB

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sobre você.

Que vês não é um espelho,
Você é distorcido assim.
A ti trago um conselho;
Não tenha medo de mim.

Sou o único, e somos dois.
Frente e verso do infinito.
Pare um instante e ouça pois,
Não há outra vez ao que digo.

Seja eu mesmo, pois sou você.
Posto em uma lata e lacrado,
Sem alívio, castigado
Numa jaula vivo a mercê.

Vagamos por aí sem rumo,
Suprindo de vão o vazio.
Sumindo enquanto consumo,
Migalhas dum vulto abrigo.

Aguarde sozinho o meu retorno,
Sem choro, pois venho tarde.
Que eu sou a dor e a ferida,
Sou o passo e a partida.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Alguém (que não eu) disse:

Muitos querem ir para o “céu”, mas não querem morrer. Com isso tentam criar seu próprio paraíso aqui na terra, esquecendo que essa vida é apenas uma passagem, se fartando, e saciando tudo o quanto podem, tornado o gosto do “paraíso” amargo, ou doce demais de se provar por estar acostumado aos gostos “mundanos”. E cuidado, o teu saciar te causará uma fadiga medonha, te impedindo de aproveitar, e desfrutar de teu sonho, então já fique “descançado”, e quem sabe, “faminto”. Ainda digo, coma o pão que o diabo amassou, assim o “paraíso” sempre lhe será saboroso. E caso vá para o inferno, não vai mudar muita coisa, e não terá muito que reclamar.


Isso não quer dizer que acredito em "céu", "inferno", "paraíso", "limbo", etc.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Descarto

Sou isopor, sou acrílico.
O vazio preenchido pela espuma.
Um vidro quebrado, quadro torto.
Fantasma sem nenhuma aparição.

Ria de mim, pois sou piada,
Sarcasmo sem proporção.
O ladrão que te engana.
Em sua pele sou um borrão.

Sou a falta no seu fôlego,
O sobejo na sua saudade,
A lágrima no deserto,
O derramar do seu desejo.

Lembrança que se esquece.
O tudo e vice e versa.
Quem chega sem ser esperado.
A perda, o ganho, o em vão.

Leonardo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Za bafo de um louco desprendido.

Quanto mais eu ando, mais eu vejo que as pessoas se conhecem demais.
Eu não quero ser conhecido, só quero me encontrar esquecido, e não me preocupar mais.
Não quero ver teus olhos de lágrimas, e perder o folego por não ter a ação.
Eu vou voar, e mergulhar, e me criar ser humano que parece gente.
Vou andar pelo mundo e enxergar as coisas em preto e branco.
Perder a velha lucidez que nunca tive, e vagar por entre as luas.
Luas minguantes, crescentes, novas, e velhas, cheias de poeria.
Vou rodar um catavento, e gritar ao relento, ser gente fina, e assistir o vento me soprar.
Vai soprando longe, até onde eu não posso mais sentir o teu cheiro.
Vamos seguir viajem, e se der coragem parar pra ver o céu com o sol.
E quando os passarinhos passarinharem, imitar a nós mesmos e ter felicidade.
Chuva? Que teus pingos molhem até meus pés rachados do caminhar.
Já disse que vou aparecer, e depois sumir, pra ver o que há.
Se é do meu sorriso que tem tanta saudade, banguelo é que não fico.
Eu quero é que o amor acabe, pra poder inventar um novo sentimento.
Vou sentir este novo sentimento, e nunca deixar de amar de verdade.
Endoidecendo de doidura, caricaturando as caras espelhadas pra mim.
É o temor de ficar são, que me deixar certo do meu comum estado anormal.
Só penso um pouco, sou um animal, mas pelo menos grito as minhas vontades.
Engraçado ver um cão que não entende as coisas, e um ser que bate nele pra que entenda.
Nestas horas me encabulo e pergunto: Afinal? Quem é o animal??
Só sei que, nessa historia eu não quero me meter, pois vai que eu levo duas mordidas.
Não é raro experimentar a falsidade, a vida não é mais de verdade.
Só na TV os personagens são eles mesmos, dai pra fora, outros tentam o ser.
Ahahahah, eu disse tanta coisa, e nem disse nada. Vou rir mais um bucado aqui.
A vida não é uma surpresa, naturalmente, você é quem devia ser.
A vida já existe a muito tempo. E você, existe desde quando?


(Lion Ardo!)

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Sabe lá o que vai saber.

Se o rebalanço do balançado,
O requebrejo do requebrado,
E o beijo dum seu amado,
Vai mudar o teu vidro embaçado.

É o embalo do embalado,
O compasso descompassado,
O futuro premeditado,
Um presente inestimado.

O que vai mudar as cores
Das asas finas de meus pintores,
Que melecaram com seus primores,
Meus castos olhos enxergadores.

Quem vai deixar se passar por samba
Aquele lambada que se lamba,
E se trupica e se escamba.
Pois prefiro um passo qualquer a essa muamba.

E todos seguem o trio e vão indo,
Vão esquecendo o osso, e vão sorrindo!
E quando os olhos fechar, eu findo!
Vou querer só ver, quem vai ficar só rindo!

Informal.
Leonardo.